Blog - Os Sabores do Tabaco

Os sabores naturais do tabaco: um universo em cada puxada

Você já parou para pensar nos sabores que um charuto pode oferecer? E não estamos falando de aromatizantes ou infusões artificiais, mas dos sabores naturais, que surgem da própria folha de tabaco, como resultado do solo onde ela cresceu, do clima que a envolveu, da fermentação e, claro, do tempo.

Segundo o Cigar Sense, plataforma especializada em análise sensorial de charutos, é possível identificar mais de 60 notas diferentes apenas com a observação do tabaco puro. Isso mesmo: cada puxada pode revelar uma nuance diferente, e essa riqueza vem inteiramente da planta.
O tabaco, quando bem cultivado, fermentado e envelhecido, oferece um perfil de sabor tão complexo quanto o vinho ou o café especial. E como neles, a experiência depende da sensibilidade de quem prova. Não é só o que você sente na língua; é também o que sente pelo nariz, especialmente nas vias retronasais, onde mora grande parte do aroma percebido.

Entre os sabores mais comuns, estão:
• Doces: chocolate amargo, mel, baunilha
• Terrosos: cedro, couro, terra úmida
• Tostados: café, cacau, caramelo queimado
• Especiarias: pimenta preta, noz-moscada, cravo
• Frutados: frutas secas, cítricos, uvas-passas
• Herbais: feno, ervas frescas, chá verde

Tudo isso sem que seja adicionado absolutamente nada ao tabaco.
O mais curioso é que os charutos mais jovens tendem a apresentar sabores mais vivos e picantes, enquanto os charutos envelhecidos ganham suavidade e complexidade. Isso se dá pelo amadurecimento natural das folhas, onde taninos se dissipam e os óleos se refinam com o tempo.
Se você está começando agora no mundo dos charutos, vale lembrar: nem todo mundo sente todos os sabores de imediato. A percepção sensorial é algo que se desenvolve com a prática, a atenção e, principalmente, com o prazer de experimentar.

Como diz um velho aficionado, “um charuto nunca tem pressa”. E os sabores que ele guarda também não.